Apesar do prejuízo com alguns livros que seguem em recuperação e restauração, serventia seguiu atendendo aos usuários
O projeto de visita às serventias do interior do estado proposto pela sinérgica parceria entre a Anoreg/RJ e o Sinoreg/RJ está em pleno funcionamento. Na última semana (13/03), os presidentes das duas entidades Stênio Cavalcanti e Alan Borges estiveram na cidade de Paracambi para visitar as serventias da cidade que também foi impactada pelas chuvas de fevereiro. O 2º Ofício de Justiça, que tem como titular o oficial Caio Reis, foi atingido e teve alguns dos livros do seu acervo impactados pela enchente.
A serventia é pequena, simples, um ofício que presta serviços de Notas, Protesto de Títulos, Registro de Títulos e Documentos e Civis das Pessoas Jurídicas e oferece todo o suporte a população da região com autorização do CNJ – Conselho Nacional de Justiça. Apesar da água ter entrado e ter atingido mais de um metro de altura – nas paredes se vê a marca de onde a água chegou – o cartório seguiu funcionando normalmente e atendendo aos usuários. Cerca de 100 livros foram atingidos pela lama e estão agora em recuperação.
“No dia do evento, nós fomos pegos de surpresa. Ainda bem que não tinha ninguém no cartório. As demais lojas ficaram quase submersas. No dia seguinte do ocorrido, foi bom, pois a água já escoou e parou de chover. Mas tinha muita lama, a gente quase não conseguia abrir a porta do cartório. Vimos o dano todo, os móveis, mas dados do nosso banco de dados não foram atingidos. Em seguida começamos a trabalhar pra reestruturar a serventia, efetuar o serviço de limpeza. Nós continuamos atendendo os clientes normalmente. Alguns livros foram atingidos e estamos vendo o melhor caminho para fazer a digitalização dos mesmos, inclusive com a parceria da Anoreg/RJ, que está nos oferecendo esse suporte” afirma Caio Reis, titular da serventia.
Como são cidades de região montanhosa e serrana, o risco de haver trombas d’água e deslizamentos de terra é grande o suficiente, assim como a preocupação com os moradores da cidade, que mesmo vivendo já em alerta máximo, sempre se surpreendem com os estragos cada vez maiores e a fúria cada vez maior da natureza e das águas.
Alan Borges, presidente do Sinoreg/RJ, questiona como Caio vê a questão dos cartórios na sociedade depois do ocorrido. “Pois é, aqui nós procuramos saber e direcionar da melhor forma o cliente, aconselhamento, orientação jurídica, o que a pessoa precisar, nós estamos à disposição”, comenta Caio.
Stênio Cavalcanti complementa parabenizando o oficial por ter se recuperado e ter se reestabelecido tão rapidamente. “Percebemos que seus funcionários, todos ajudaram muito, e isso mostra o caráter privado do nosso exercício, que dinamiza a nossa atividade. Nós queremos trazer o nosso serviço para a população. Nossas pesquisas têm mostrado que os cartórios são instituições de alto nível de confiabilidade e trabalhando hoje com a desjudicialização, o que nos orgulha e nos enche de esperança, não só a nossa categoria e também para as perspectivas para o futuro”, comenta o presidente da Anoreg/RJ.
Caio desabafa sobre a quantidade de cartórios na cidade – são 3 no total – e avalia que a remoção é uma necessidade de quem está no cartório pequeno. Segundo ele, o serviço diluído por conta de outros cartórios acaba desmotivando os candidatos a se manter na serventia.
Em breve, associados e interessados nas ações da Anoreg/RJ e do Sinoreg/RJ poderão acompanhar a entrevista completa em vídeo no programa Cartório Podcast, exibido no canal do YouTube das entidades.
Fonte: Assessoria de comunicação – Anoreg/RJ
